Inicialmente, a análise da escrita era um processo empírico e ganhou maior robustez na França por meio de pesquisadores como Jacques Raveneau, que contribuiu com trabalhos como "Traité des Inscriptions en Faux" (1665), assim como Michón e Crépieux-Jamin, que se destacaram especialmente na Grafologia, explorando o estudo da personalidade através da análise da escrita. Em suas pesquisas, T. Wilhelm Preyer, um químico e fisiologista, evidenciou que a escrita é um ato cerebral.
Edmond Solange Pellat, considerado o pioneiro da Grafoscopia, incorporou esse pensamento de Preyer e estabeleceu as leis do grafismo. Em seu livro "Les Lois de L'écriture", formulou as quatro leis que fundamentam a Grafoscopia, baseando-se
no princípio fundamental de que o grafismo é individual e inconfundível.
Primeira Lei do Grafismo
"O gesto gráfico está sob influência imediata do cérebro. A sua forma não é modificada se o órgão que aciona o instrumento escritor se encontra suficientemente adaptado à sua função”.
A ideação (recordar os símbolos gráficos), evocação (planejar a escrita) e execução são as fases de produção do grafismo que nascem na região cerebral para depois serem externadas por intermédio do punho escritor.
Por serem as etapas de produção do grafismo oriundas do movimento involuntário do cérebro, qualquer mudança voluntária acarretará alteração no grafismo.
Segunda Lei do Grafismo
“ Quando alguém escreve o seu “EU” está em ação, mas o sentimento quase inconsciente dessa ação passa por alternativas contínuas de intensidade entre o máximo, onde existe um esforço a fazer, e o mínimo, quando esse esforço segue o impulso adquirido”.
A referida lei ressalta com muita propriedade que a execução, através da movimentação do punho escritor sobre o suporte, somente se faz presente após a evocação (recordar os símbolos gráficos) e a ideação (planejamento da escrita) serem cumpridas.
Sempre que o indivíduo tenta macular sua escrita esta sofrerá alterações, acarretando um esforço a ser empregado de forma diferenciada.
Quando o escritor não emprega esforço oriundo do movimento voluntário do cérebro, sua escrita se dá de forma genuína.
Terceira Lei do Grafismo
“ O grafismo natural não pode ser modificado voluntariamente se não pela introdução do traçado de características do esforço despendido”.
Reza esta lei que o indivíduo não pode alterar seu grafismo natural, que é oriundo do movimento involuntário do cérebro, sem a inclusão na escrita de paradas, tremores, indecisões, retomadas do lançamento, sobrecarga de entintamento, bem como divergência
quanto aos aspectos da dinâmica mais precisamente as forças de pressão e progressão, além do pleno comprometimento da espontaneidade.
Portanto, a interposição voluntária nas fases de produção do grafismo tem por objetivo macular a escrita, sendo sua ocorrência relacionada com as falsificações do tipo autofalsificação e simulação de falso.
Quarta Lei do Grafismo
“ Quando, por qualquer circunstância, o ato de escrever se torna particularmente difícil, o escritor instintivamente dá às letras formas que lhe são mais familiares e mais simples, esquematizando- as, de modo que lhe seja mais fácil executar”.
A lei acima descrita relata que o indivíduo tende a simplificar seu gesto gráfico quando se depara, por exemplo, com uma série de documentos que carecem de sua assinatura.
Diante de tal exemplo, o punho escritor irá buscar uma melhor acomodação de forma a simplificar a execução da escrita.
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Muito interessante e explicativo.